sábado, 16 de março de 2013

Especial Planeta dos Macacos: A trajetória da franquia nos cinemas



Vamos relembrar a trajetória da franquia no cinema, falando um pouco sobre cada filme. Agora você vai poder pagar de cult e fingir que já assistiu todos os filmes na sua roda de amigos, que tal? Bom, pra quem já curte, continue lendo para recordar o que esses macacos já aprontaram nos cinemas!

A verdadeira origem dos macacos

Nem todos sabem, mas o que iniciou o Planeta dos Macacos não foi o filme de 1968, e sim o livro do francês Pierre Boulle, <sotaque francês>  La Planète des Singes </sotaque francês>, publicado em 1963. Foi com base nessa obra que o primeiro filme foi produzido cinco anos mais tarde.

A adaptação cinematográfica não foi totalmente fiel ao livro, diversas modificações foram feitas para que a produção se encaixasse no orçamento e na tecnologia daquela época, mas vários elementos da trama original, juntamente com a maioria dos personagens, permaneceu fiel à obra literária de Pierre Boulle.

O Planeta dos Macacos (Planet of the Apes, 1968).

Primeira aparição da macacada no cinema, o filme — produzido pela 20th Century Fox — conta a história de um grupo de astronautas que hibernava  em uma viagem espacial. De repete a espaçonave cai num lago de um planeta desconhecido. Incrivelmente eles conseguem respirar na atmosfera do lugar, bem como beber a água. Entretanto, seus contadores de tempo devem ter quebrado durante a queda da nave, agora eles marcam o ano de 3945 D.C.

O astronauta George Taylor (personagem principal), vivido por Charlton Heston, junto com seus dois companheiros, Landon e Dodge, começam a explorar o planeta. Um grupo de humanos selvagens são as primeiras formas de vida a darem as caras por lá. Em seguida, estranhos macacos montados em cavalos, usando roupas, portando armas de fogo e com a capacidade de falar aparecem com o intuito de capturar os humanos, incluindo os astronautas. Os humanos não são muito inteligentes e são tratados como animais pelos macacos e aprisionados em gaiolas para serem estudados, dissecados ou usados como pratica de tiro ao alvo.
Taylor e seus companheiros são os únicos humanos que possuem a capacidade de falar naquele planeta, o que faz com que os macacos os temam, principalmente o orangotango Dr. Zaius. A Trama se desenrola a partir daí, com o drama de Taylor em busca da origem daqueles macacos super inteligentes e evoluídos, e sua luta por sobrevivência. Ele encontra alguns macacos aliados em sua aventura — como o casal Zira e Cornelius — e até mesmo uma humana por quem se apaixona.

Mesmo com as modificações em relação ao livro, o filme foi muito bem recebido e se tornou um clássico do cinema mundial. Possui um dos finais mais marcantes de todos os tempos, uma grande surpresa para o astronauta Taylor e os espectadores. Na verdade é o único filme que tem spoiler do final desde a capa! 

Apesar dos macacos do filme se parecerem mais com homens com cabeça de macaco do que qualquer outra coisa, a produção recebeu muitos prêmios por conta da maquiagem utilizada para dar vida aos símios. As espécies de macacos — chimpanzés, gorilas e orangotangos — foram diferenciadas pela cor da roupa e características peculiares de cada espécie, como a coloração do rosto ou dos pelos. Mesmo nos dias de hoje, com toda a tecnologia cinematográfica existente, o filme continua agradando a maioria das pessoas que o assistem pela primeira vez. Confira o trailer!

De volta ao Planeta dos Macacos (Beneath the Planet of the Apes, 1970)

Continuação direta do primeiro longa, o filme começa exatamente de onde o anterior parou. Na verdade, as cenas finais do primeiro filme se repetem antes de dar início à nova história. Dessa vez, o astronauta Brent (James Franciscus) foi mandado numa missão de resgate com o intuito de encontrar Taylor e o grupo de astronautas que desapareceu na missão anterior. "Coincidentemente", a nave de Brent também se espatifou no Planeta dos Macacos. E ele foi tão "sortudo" que conseguiu cair na mesma distorção temporal que Taylor e os outros caíram.

Nos primeiros 45 minutos, parece que estamos assistindo o primeiro filme novamente, só que de um outro ponto de vista. Brent interage com praticamente todos os personagens chave da trama anterior, incluindo Zira, Conelius e até mesmo a namoradinha de Taylor, Nova. Fora que ele mesmo se parece muito com o Taylor quando está de barba. Em seguida, a trama toma outro rumo, levando Brent a uma bizarra sociedade de humanos com habilidade telepáticas que veneram uma bomba atômica. A origem desses humanos é explicada mais tarde (muito mais tarde) e o filme tem um finalzinho bem tosco. 
O filme não é ruim, mas é bem inferior ao de 1968. Poderia ter sido ignorado apenas adicionando mais meia hora no primeiro filme, mas isso não renderia muito mais dinheiro aos produtores. Veja o trailer do filme!

A Fuga do Planeta dos Macacos (Escape from the Planet of the Apes, 1971)

Esse filme é bem legal, apesar de meio sem noção. O longa se passa na própria Terra do ano de 1973. Lembra do casal de macacos Zira e Cornelius dos dois primeiros filmes? Pois é, do nada uma nave espacial cai no mar e os dois macacos saem dela com roupas de astronauta, junto com um outro macaco cientista.  São três macacos falantes no planeta Terra em 1973, e ninguém entende nada. 

No começo o filme parece mais uma comédia digna da Sessão da Tarde, os macacos ficam mais famosos que o Justin Bieber, mas à medida que a trama se desenvolve a coisa passa a ficar mais séria e centrada, principalmente depois que Zira descobre que está grávida. Isso poderia ser considerado uma ameaça ao futuro dos seres humanos? Será que alguém tentaria impedir o nascimento do macaquinho? Só assistindo pra descobrir.

Cornelius e Zira com roupas de astronauta
O filme é divertido e o final é bem  legal, apesar de previsível. Vale à pena conferir. Assista o trailer!
A Conquista do Planeta dos Macacos (Conquest of the Planet of the Apes, 1972)  

Planeta Terra, 1991. O filme acontece dezoito anos após os eventos da Fuga do Planeta dos Macacos, tem como personagem principal César (Caesar), filho de Cornelius e Zira. Anos antes, um vírus trazido por um astronauta dizimou toda a população de cães e gatos do planeta. Com isso, os humanos começaram a adotar os macacos como animais de estimação. As pessoas perceberam que os macacos aprendiam as coisas muito rápido, e começaram a treiná-los para que eles pudessem servir de escravos para elas.

Os homens montaram toda uma unidade de treinamento para os macacos. Logo no início do filme, aparece um monte de macacos vestidos com algo parecido com uniformes de presidiários com cores diferenciadas para cada espécie. Talvez a tradição dos filmes anteriores de uniforme por espécie tenha vindo daí. Apesar de já apresentarem um corpo mais parecido com o dos humanos (evolução impressionante em 18 anos, foi mais rápido que o Pikachu do Ash), eles ainda eram bastantes primitivos. Não falavam, ainda não faziam as coisas corretamente e andavam igual alguém com dor de barriga dançando "Coisinha de Jesus".
Macacos devidamente uniformizados a caminho do centro de treinamento
César, filho dos macacos que chegaram na nave espacial anos atrás, era o único que podia falar e entender os humanos com clareza. Ele passou esse tempo todo escondido e fingindo ser um macaco comum. Mas ele não estava gostando do jeito que os homens estavam tratando seus semelhantes e resolveu agir para acabar de uma vez por todas com aquilo. Como os macacos passaram de animais de estimação para escravos? Confira o trailer do filme!
César com seu pai adotivo
A Batalha do Planeta dos Macacos (Battle for the Planet of the Apes, 1973

Uma década após os eventos da Conquista do Planeta dos Macacos, César agora é o rei dos macacos, seres que agora passaram a governar a Terra soberanos. Impressionante é que a evolução aqui foi mais rápida ainda do que antes, agora todos os macacos já falam e se duvidar já são mais inteligentes do que eu. 

César governa de forma gentil e amigável, quer que os humanos e macacos vivam em harmonia e paz. Entretanto, ao ir em busca de conhecimento a respeito do seu passado, acaba despertando a atenção de um grupo de humanos afetados pela radiação do que sobrou de uma cidade. Agora que a origem dos humanos bizarros com poderes telepáticos do segundo filme começa a ser explicada.

Os gorilas não aceitam a forma gentil que César trata os humanos e decidem tocar o terror contra ele e as outras espécies que seguem a favor de César. Logo os humanos radioativos decidem invadir a aldeia dos símios e a batalha pelo planeta dos macacos começa!
César  anda sempre meio curvado, parece que tem dor de barriga o tempo todo
No decorrer do filme, certas dúvidas começam a surgir. Será que série toda gira em torno de um paradoxo temporal? Estamos assistindo um prelúdio disfarçado de sequencia? Se César não tivesses nascido através de Zira e Cornelius, os macacos teriam evoluído daquele jeito por si só? Seria possível criar uma linha alternativa onde os humanos e macacos vivessem em harmonia no futuro como César desejava? 

Apesar do filme ser meio chatinho e o mais fraco da franquia, ele é fundamental por explicar as pontas soltas e dar um fim definitivo à franquia clássica. A série clássica é assim, você pode assistir só o primeiro e facilmente ignorar o resto. Mas se você assistir pelo menos  o segundo, tem que assistir todos os outros.Agora veja o vídeo da Batalha do Planeta dos Macacos.


Algumas macacadas fora do cinema: No ano seguinte do lançamento da Batalha do Planeta dos Macacos, 1974, uma série de TV chamada "Planeta dos Macacos" baseada nos longa-metragens antigos foi lançada. A mesma ladainha de astronautas vindo do espaço era apresentada na série que teve 14 episódios. Mais tarde, em 1975, um desenho animado chamado "De Volta ao Planeta dos Macacos" (Return to the Planet of the Apes) foi lançado e teve 13 episódios.


O Planeta dos Macacos (Planet of the Apes, 2001)

Em 2001, uma nova versão do Planeta dos Macacos foi lançada (33 anos depois da primeira adaptação), dessa vez na visão peculiar do diretor Tim Burton. EstrelandoMark Wahlberg (clone do Matt Damon) no papel principal, o filme não é bem um remake do longa-metragem de 1968, e sim outro filme baseado no mesmo livro de Pierre Boulle — outros personagens e uma história completamente nova é apresentada.

São várias as diferenças entre as duas  versões do Planeta dos Macacos. Aqui a sociedade dos macacos e as construções são mais bem desenvolvidas. Os humanos podem falar e são usados como servos ou bichos de estimação dos macacos. Armas de fogo foram substituídas por lanças e espadas.
Os macacos estão de parabéns no filme. Agora eles não são apenas humanos com cabeça de macacos, eles foram muito bem construídos e a a atuação é de tirar o chapéu. As roupas estão muito bem trabalhadas também, não são mais uniformes de presidiário. As espécies de macacos estão bem diferenciadas também. Os chimpanzés são menores e mais ágeis enquanto os gorilas são grandes, bem mais robustos. A macaquinhas ficaram até mais femininas.
Morre, diabo!!!
O filme também faz várias homenagens ao clássico de 1968, como a participação especial de Charlton Heston, que fez o papel do astronauta Taylor na primeira versão do filme.

Apesar de não ter causado o mesmo impacto que o filme clássico causou, a versão de 2001 é ótima e tem muita ação, talvez agrade mais as gerações mais jovens. O final do filme é meio confuso, mas também homenageia o clássico e traz uma grande surpresa. Assista o trailer do filme.


Planeta dos Macacos - A Origem (Rise of the Planet of the Apes, 2011)

Dez anos após a versão de Tim Burton e 43 anos depois da primeira aparição da macacada nos cinemas, estamos mais uma vez de volta ao Planeta dos Macacos. Essa versão se passa antes dos eventos da história clássica, meio que conta os acontecimentos da Conquista do Planeta dos Macacos de forma diferente.

Originalmente o filme se chamaria Rise of the Apes (A Ascensão dos Macacos), mas foi mudado para Rise of the Planet of the Apes (A Ascensão do Planeta dos Macacos) para que o tradicional padrão da franquia fosse mantido. Aqui no Brasil, como o pessoal adora tirar a fidelidade do título original, ficou "PLANETA DOS MACACOS - A ORIGEM" mesmo.
Novo César - pela primeira vez foi utilizado computação gráfica na construção dos macacos
Na trama, um cientista vivido por James Franco desenvolve uma cura para o Mal de Alzheimer. Ele cria um macaquinho chamado César (Caesar) para testar seus experimentos. Acontece que o que seria a cura do Alzheimer acaba fazendo com que a capacidade de raciocínio de César aumente de uma forma incrível. César percebe que os humanos não são os melhores amigos dos macacos e resolve começar uma rebelião. O filme praticamente reconta os eventos de A Conquista do Planeta dos Macacos, mas dessa vez não tem aquela tosqueira de casal de símios vindo do espaço para gerar César, ainda bem.

O longa gera margem para um reinício da franquia, uma vez que a versão de Tim Burton não foi continuada e também será ignorada com esse reboot. Confira o trailer abaixo:


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