Anos Incríveis já foi exibido por vários canais, como TV Bandeirantes, Multishow e é claro, na TV Cultura, canal no qual eu assisti quando pequena. Não me recordava muito da série e há algum tempo resolvi rever os episódios na ordem, e não é que é uma série que passa facilmente pela regra dos 15 anos? Com situações divertidas e referências à obras como Star Trek, a série consegue passar mensagens e valores importantes que dificilmente encontramos nos programas de hoje.
A família Arnold não é perfeita em momento algum, Kevin mesmo, nosso fofíssimo personagem principal, é egocêntrico e muitas vezes bem metido, erra como qualquer ser humano. Karen é uma hippie revolucionária e sempre encontra nos pais uma dificuldade de expressar o que ela realmente pensa. Estamos falando dos anos 60/70, a mulher ainda buscava sua independência em todos os lugares e Karen estava sempre engajada nisso, (uma curiosidade aqui, David Schwimmer, o Ross de Friends, interpretou o namorado de Karen na série). Wayne sempre foi visto como um “bundão” por Kevin, sempre com dificuldades no colégio e brigando com ele. Jack é o retrato do pai MEGA estressado e Norma da mulher submissa e reclusa. Uma tipica família dos anos 60.
Por ser uma série de “época”, temos vários fatos que marcaram a humanidade presentes nos episódios, como a Guerra do Vietnã, a ida do homem à lua, o surgimento da TV a cores, os movimentos feministas e hippie, além de musicais, como o rock. Sempre no contexto da vida de Kev, sua família e amigos.
Depois de risadas e choros eu terminei neste final de semana a sexta e última temporada, que terminou com o crescimento dos personagens e a ida de Kevin para a faculdade. Recomendo esta série pra todos que querem lembrar de seus Wonder Years. Ah, a trilha da abertura é simplesmente perfeita.
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