são projetos que levam as vezes décadas para acontecer. Peter Jackson passou dez anos desenvolvendo a trilogia "Senhor dos Anéis", o de 1989 começou a ser planejado no meio dos anos 70 e há filmes que se perderam no limbo das revisões de roteiro, decisões de estúdio e súbitas mudanças no mercado. Esse ano foi lançado "Jodorowsky’s Dune", um genial retrato de um filme que desabou sob suas ambições. Seguindo o mesmo "The Death of 'Superman Lives': What Happened?" vai explorar os bastidores do controverso
A produção de Peter Guber e Jon Peters, dupla responsável pelos primeiros filmes do Homem-Morcego, seria dirigida por Burton, com Nicolas Cage no papel do paladino kryptoniano, tendo Kevin Smith entre um dos vários roteiristas tentando tirar o projeto do papel. Mais de dez anos depois, esse filme ainda assombra a memória dos fãs toda vez que alguma arte conceitual com aranhas mecânicas gigantes ou grotescos testes de figurinos emergem da zona fantasma. Curiosamente, a disforme dessa aberração sempre fascinou o animador Jon Schnep, diretor de episódios de "Metalocalypse" e "Venture Bros" ele é entusiasta que coleciona cada pedaço de informação bizarra relacionada ao finado projeto.
O documentário está na fase de finalização, tentando levantar fundos para os ajustes finais. Para sensibilizar os malucos curiosos para acompanhar a reconstituição do maior desastre aéreo que nunca aconteceu, Schnepp e cia lançaram um novo trailer do filme.
A prévia mostra o diretor revisitando as histórias dos bastidores, em conversas com o elenco e a equipe envolvida na época da produção, e dependendo da grana levantada, há planos para encenar, através de animações, algumas das sequências mais insanas dos storyboards.
Originalmente a história envolvia um ataque da inteligencia artificial alienígena Brainiac ao planeta Terra, a morte do Super-Homem e seu retorno sob a forma de eletricidade vestindo uma armadura arco-íris.
É um projeto interessante que além de reunir as peças do que restou daquele mundo bizarro, pode mostrar como a indústria de entretenimento evoluiu em relação a abordagem de adaptações de quadrinhos desde os anos 90, período nebuloso marcado por equívocos como "O Juiz", "Barb Wire" e "Tank Girl". Essa farra com o gê foi condenada à um período de descrédito pela bomba colorida "Batman e Robin" de Joel Schumaker, lançada pela mesma Warner que injetou alguns milhões "Superman Lives". Olhando em retrospecto, qual seria o destino das adaptações de quadrinhos no caso as idiossincrasias de Tim Burton chegassem a tela grande?
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